
Além dos grandes números que a imprensa já se encarregou de mostrar, evidenciando as desigualdades, o acesso à Internet preponderante pelos mais ricos e/ou por aqueles que possuem mais tempo de instrução, outras revelações são importantes para a estratégia de governos inovadores.
Ressalto primeiramente que das 32,1 milhões de pessoas que acessaram a web em 2005, segundo o estudo, cerca de 8,8 milhões realizaram interação com autoridades públicas ou órgãos do governo. Em outras palavras, perto de 28% dos internautas brasileiros acessaram o governo nesse período, o que representa uma queda em relação aos anos anteriores, nos quais o alcance do e-gov chegou a atingir 39% da população conectada.
Será que os serviços eletrônicos não estão satisfazendo o cidadão ?
Um outro ponto que o suplemento apresenta é relacionado a posse de telefone celular para uso pessoal. Apesar da pesquisa não contemplar a finalidade de uso (talvez a lógica seja a de que o celular é só para comunicação de pessoas por voz), há um item que surpreende: ao relacionar a posse de telefones móveis por categoria profissional, os trabalhadores agrícolas representam 20,4% do total de pessoas que possuem celular para uso pessoal, ficando atrás somente dos trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparos e manutenção, que atingiram 23% da amostra.
Esses e outros aspectos presentes no estudo devem ser agregados ao planejamento de i-gov, quer para a reinterpretação dos serviços eletrônicos na web, quer para o desenvolvimento desses serviços em mobilidade.
Acesse aqui o estudo do IBGE que, além da importância de seu conteúdo, dá um belo exemplo de entrega da informação, com arquivos zipados ou pdf ou animação de tabelas, enfim divulgação multiformatos.
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