O acelerado crescimento econômico da Irlanda, que já caminha para duas décadas, é um dos mais ilustrativos exemplos da reinvenção de um país em torno da produção do conhecimento.
Em meados da década de 80, a Irlanda tinha um produto por habitante cerca de 60% abaixo da média dos países da UE -União Européia. O desemprego, oscilando em torno dos 18%, a forte emigração em busca de novas oportunidades no exterior e a contínua degradação de áreas urbanas, notadamente na capital, Dublin, eram algumas das mais tristes marcas dessa época de desalento.
Hoje, cerca de 20 anos depois, a Irlanda tornou-se um país opulento. O produto per capita está, agora, em torno de US$ 38 mil, 40% acima da média dos países europeus e o segundo maior da UE, o desemprego recuou para 4%, a emigração deu lugar à imigração e os programas de recuperação urbana tornaram-se “cases” mundiais de sucesso.
Um complexo conjunto de fatores, nos planos, político, social e econômico, que podem ser conferidos, por exemplo, no livro “The Pope’s Children – Ireland’s New Elite”, de David Mcwilliams, explicam essa impressionante arrancada.
Para ficarmos apenas dentro dos objetos deste “blog”, gostaríamos de falar sobre um dos pilares dessa fulminante arrancada, que consistiu em privilegiar a produção de bens e serviços intensivos em conhecimento. Para tanto, foi criado um seletivo conjunto de setores econômicos que foram fortemente incentivados, tais como: desenvolvimento de software, armazenamento de bases de informação para a web, desenvolvimento de conteúdo para mídias digitais, implantação de call centers, processamento de dados, trabalhos on-line, design, fármacos de alta sofisticação, só para citarmos alguns, segmentos estes nos quais a Irlanda é hoje ponto de referência. Como vocês podem observar, produtos de baixo valor agregado não têm vez nessa briga.
A rapidez com que a Irlanda passou de “patinho feio” para “sex symbol” da nova economia, surpreendeu a todos. Mesmo os mais renomados pensadores daquele país, não acreditavam ser possível avançar tanto, em tão pouco tempo, o que não deixa de ser um alento para um certo país, muito caro a todos nós, que, nesse mesmo período, só deixou escapar oportunidades.
O que nos preocupa, no entanto, é que enquanto estamos procurando a chave para ingressar nesse cenário pós industrial, Feargal Quinn, empresário e político irlandês, que participou ativamente dessa corrida, afirma, em matéria publicada na revista HSM Management deste mês, que, para manter-se no topo, a Irlanda precisa reinventar-se.
Ganhar, tudo bem, mas sem dar olé, por favor.
Em meados da década de 80, a Irlanda tinha um produto por habitante cerca de 60% abaixo da média dos países da UE -União Européia. O desemprego, oscilando em torno dos 18%, a forte emigração em busca de novas oportunidades no exterior e a contínua degradação de áreas urbanas, notadamente na capital, Dublin, eram algumas das mais tristes marcas dessa época de desalento.
Hoje, cerca de 20 anos depois, a Irlanda tornou-se um país opulento. O produto per capita está, agora, em torno de US$ 38 mil, 40% acima da média dos países europeus e o segundo maior da UE, o desemprego recuou para 4%, a emigração deu lugar à imigração e os programas de recuperação urbana tornaram-se “cases” mundiais de sucesso.
Um complexo conjunto de fatores, nos planos, político, social e econômico, que podem ser conferidos, por exemplo, no livro “The Pope’s Children – Ireland’s New Elite”, de David Mcwilliams, explicam essa impressionante arrancada.
Para ficarmos apenas dentro dos objetos deste “blog”, gostaríamos de falar sobre um dos pilares dessa fulminante arrancada, que consistiu em privilegiar a produção de bens e serviços intensivos em conhecimento. Para tanto, foi criado um seletivo conjunto de setores econômicos que foram fortemente incentivados, tais como: desenvolvimento de software, armazenamento de bases de informação para a web, desenvolvimento de conteúdo para mídias digitais, implantação de call centers, processamento de dados, trabalhos on-line, design, fármacos de alta sofisticação, só para citarmos alguns, segmentos estes nos quais a Irlanda é hoje ponto de referência. Como vocês podem observar, produtos de baixo valor agregado não têm vez nessa briga.
A rapidez com que a Irlanda passou de “patinho feio” para “sex symbol” da nova economia, surpreendeu a todos. Mesmo os mais renomados pensadores daquele país, não acreditavam ser possível avançar tanto, em tão pouco tempo, o que não deixa de ser um alento para um certo país, muito caro a todos nós, que, nesse mesmo período, só deixou escapar oportunidades.
O que nos preocupa, no entanto, é que enquanto estamos procurando a chave para ingressar nesse cenário pós industrial, Feargal Quinn, empresário e político irlandês, que participou ativamente dessa corrida, afirma, em matéria publicada na revista HSM Management deste mês, que, para manter-se no topo, a Irlanda precisa reinventar-se.
Ganhar, tudo bem, mas sem dar olé, por favor.
1 comentários:
Pepe, outro dia comentando sobre a indústria de software, a Chrisanthi Avgerou citou a Irlanda como exemplo de país que atraiu multinacionais com sucesso, mas sem desenvolver suas próprias competências. Ela acha que o Brasil é um exemplo muito melhor sucedido, em termos de sua indústria de software, pois temos capacidade local. O que vc acha?
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