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Choque de Conhecimento II



A batalha pela atração do conhecimento, abordada na matéria postada em 30 de março, não está, de modo algum, circunscrita à Irlanda, ou à sua capital, Dublin.

Como o conhecimento passou a ser o “rei” dos recursos, a maior fonte de riqueza dos tempos atuais, muitos governos, em distintas esferas, têm inserido a questão do conhecimento em seu planejamento estratégico.

A tradicional divisão dos países entre industrializados e agrícolas, que pautou a discussão econômica no século passado, onde as primeiros eram os primos ricos e os segundos, os primos pobres, foi perdendo apelo nos complexos e incertos tempos atuais. Se pudéssemos esboçar, para fins meramente didáticos, uma nova divisão internacional do trabalho, colocaríamos de um lado os países produtores de conhecimento e do outro, os importadores de conhecimento.

Ter indústria, “lato senso”, não é mais sinônimo de opulência. Ao contrário, os chamados países líderes estão, hoje, propensos, a, exportar, ou se livrar, para sermos mais claros, de certos tipos de indústria centradas em processos mais rudimentares, de pouco valor agregado ou ecologicamente perversos. Em troca, lutam para ganhar espaço na produção de serviços sofisticados, limpos do ponto de vista ambiental, pleno de inovações e com forte capacidade de atrair talentos.

Dentre os diversos sítios que têm tratado dessa questão na Internet, recomendamos um passeio pelo “Knowledge Cities”. Neste espaço, patrocinado pelo World Capital Institute, são apresentadas iniciativas de atração do conhecimento em quase uma centena de cidades, espalhadas pelo mundo. O acesso é gratuito, mediante uma cadastramento bem rápido.

Vale a pena se cadastrar e perceber como a união entre vontade política e criatividade tem sido usada para reinventar cidades. Em tempo, há única cidade brasileira citada, São Paulo, incluída no prestigioso “ranking” pelo pioneiro e arrojado projeto “Cidade do Conhecimento”, liderado pelo economista, sociólogo e jornalista Gilson Schwartz, professor da Universidade de São Paulo. Com certeza, poderíamos ter muitas outras experiências relatadas, pois somos muito fortes nesta tal “criatividade”. Em compensação, no quesito vontade política…

Sexo, drogas e celular

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O post anterior aborda a pesquisa feita pelo NY Times sobre aparelhos eletrônicos que não conseguimos viver sem. Agora foi publicado um estudo que a London Scholl of Economics and Political Science, em conjunto com a Carphone Warehouse, centram o foco na mobilidade e nesse mesmo mote de "viver sem", mais especificamente "naquilo que você sacrificaria no lugar do celular".

O estudo tem várias dimensões, desde a pesquisa com 1256 adultos entre 16 e 64 anos até um experimento de pessoas que passaram um mês sem o celular e fizeram um vídeo diário de suas impressões e aflições.

É curioso, por exemplo, ver que um a cada três jovens britânicos recusariam um milhão de libras se tivessem de viver o resto da vida sem celular. Outra revelação é a ordem daquilo que abririam mão: sexo, chocolate, alcool, celular e chá/café, ou seja, preferem seus mobiles a prazeres carnais e a cafeína a todos os demais... impressionante.

Acesse aqui a pesquisa e vamos tentar entender esses bretões.

Não dá pra viver sem

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O site do jornal New York Times publicou neste fim de semana os resultados de uma pesquisa sobre "Qual equipamento você não viveria sem ele ?", agrupados por faixa etária dos entrevistados e apresentando resultados que dão o que pensar.

Vejo aqui ao menos duas forças estratégicas: a necessidade de fortalecimento de ações que envolvam mobilidade para a nova geração e o desenvolvimento rápido de serviços interativos em TV Digital para a terceira idade. Você concorda ?

Leia a reportagem do NYT aqui.
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O Núcleo de Informação e Comunicação - NIC.br, do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br, divulgou a segunda pesquisa TIC - Domicílios 2006, na verdade a segunda parte da pesquisa original.

O capítulo que destaco é sobre o uso de governo eletrônico, levando em conta novamente que aos olhos dos pesquisadores o e-gov resume-se em sites e serviços de governo na web, o que não é certo. De todo modo, as conclusões que podemos tirar da pesquisa deve surpreender os decision makers do governo já que, por exemplo, dá para deduzir que apesar de todos os esforços e investimentos em inclusão digital, a maioria dos que usam os serviços eletrônicos pertencem as classes A e B (mais de 90%), com curso superior (54%) e ainda preferem o atendimento presencial (55%).

Outras informações da pesquisa aqui.
A Inglaterra já era referência em serviços públicos online desde a criação do DirectGov, um dos primeiros portais organizados por Eventos da Vida e que é presença em qualquer ranking ou benchmark.
Agora o governo eletrônico do Reino Unido se aproxima do público infantil, oferecendo o site Directgovkids que, com boa interatividade, apresenta em forma de jogos, animações, vídeos e atividades os diferentes aspectos da sociedade na qual vivem e crescem os ingleses.

Com seções dirigidas a pais e professores - que podem inclusive baixar roteiros para uso em aulas sobre o conteúdo do site - o projeto dá exemplo de inovação. Veja as áreas destinadas aos cuidados e segurança na internet ou como funciona a prefeitura, são pontuais e bem arranjadas.

Outros exemplos dão os sites ingleses sobre democracia para jovens, como o Demgames, o melhor game sobre democracia, o 10 Downing Street, site de interação com o primeiro ministro, o Educational Parliament, que explica aos jovens como funciona o parlamento inglês e o How London is run, um pacote de atividades para alunos e professores sobre a cidade de Londres.

Por lá, cidadania é disciplina e você pode conhecer mais o programa desenvolvido para professores no TeacherNet.

Volto a falar brevemente do SIMPLEX, a estratégia portuguesa de simplificação da vida do cidadão, das empresas e do próprio governo. Trata-se do maior conjunto de cases e boas práticas em gestão pública em desenvolvimento atualmente.

Estou de fato impressionado com a amplitude e eficiência do projeto. Conheci-o através do Instituto Lojas do Cidadão e da UMIC, em Portugal, que uniram-se em uma Agência de Modernização Administrativa - AMA para criar e implementar 235 medidas que incluem a desburocratização, modernização e melhoria do serviço público lusitano até dezembro de 2007..


Portugal tem um grande projeto e, ao que tudo indica, ótimos gestores que vieram a público dar conta que o projeto atingiu 74% da meta prevista para o primeiro quadrimestre e que, apesar do atraso de 26%, considera-se um bom ritmo e perfeitamente gerenciável para até o fim do ano.

Como nota adicional, ficam duas novidades implantadas nas Lojas do Cidadão, uma espécie de Poupatempo português. A primeira é que através do site na Internet, o cidadão fica sabendo qual é a fila de espera, tempo médio de espera, último número chamado e a quantidade de atendentes para determinado serviço em tempo real.
A segunda é uma aplicação que avisa ao cidadão por telefone celular, via SMS, quando o número de chamada da fila de espera está próximo ao seu, possibilitando que o solicitante do serviço não seja obrigado a ficar esperando na fila de chamada.
Nossas centrais de atendimento ainda não fazem nada disso. Os patrícios estão mandando bem.

CitizenTube

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Um novo canal, que se define como um vídeoblog (vblog) político, atingiu recentemente a cifra de um milhão de views. Segundo seus produtores, a missão do CitzenTube é impulsionar a revolução da tecnologia Youtube na política, adotando uma atitude estratégica democrática e aberta.

Da forma como estamos vendo a Web 2.0 em governo, não se trata apenas de mudança tecnológica, mas da definição de um novo paradigma da participação política.