m-Gov: aprendendo o caminho

Encerrou com êxito o m-Gov 2007 realizado pelo CONIP. Em apenas dois dias de evento, trouxe uma programação bastante arrojada, reunindo representantes de governo (federal, estadual e municipal), da academia (FGV, PUC-PR e SENAC-SP) e das empresas privadas (operadoras de serviços móveis e fornecedores), enfim os players do mercado sentaram-se à mesa para o debate.
Além da intensa discussão sobre os modelos de negócios e boas práticas implantadas no Brasil, ficou evidente que as iniciativas em mobilidade para serviços públicos eletrônicos é mais do que um modismo ou uma tendência, é um caminho a ser traçado pelos governos inovadores.
Como outro dia o Pepe escreveu aqui seu artigo sobre a Irlanda, como pequena amostra da pesquisa que fez por lá, resolvi também buscar o que eles estão pensando em termos de m-Gov. Não me surpreendi que, diante de tantos avanços em serviços eletrônicos, com 60% dos lares possuindo no mínimo um computador, o governo da Irlanda também já esteja se organizando em mobile government, inclusive com a criação do Mobile Messaging Forum - MMF, visto que assim atingiria 100% da população.
Em entrevista ao portal Electric News , o diretor do MMF, Tommy McCabe, declarou que "a ubiquidade dos celulares permite ao governo chegar a quase todas as partes da nossa sociedade, caso torne os serviços eletrônicos móveis".
O portal cita ainda um estudo apresentado pela iReach, especialista em comunicação 360 graus, sobre a utilização de mGovernment pelo governo irlandês que poderá poupar até 20 milhões de euros aos cofres do Estado. O mesmo estudo revela que quase metade dos inquiridos demonstraram interesse nestes serviços, nomeadamente nas classes mais novas. O responsável realça que "não quer que as iniciativas de eGovernment sejam abandonadas em detrimento do mGovernment", apenas "recomendamos a integração de uma interface móvel para criar outros canais de acesso" aos serviços, conclui.
Se uma das perguntas mais presentes no m-Gov 2007 foi "quem paga a conta?", a resposta já está em parte respondida.

0 comentários: